Festival internacional reunirá fotógrafos da natureza na Alemanha

Fonte: Folha de S. Paulo

 

“Fotógrafos e visitantes do mundo todo se reúnem em 29 e 30 de outubro em Lünen, na Alemanha, para o 19º Festival Internacional de Fotografia da Natureza.

No evento, que terá palestras e seminários, serão divulgados os resultados de dois prêmios de fotografia promovidos pela Sociedade Alemã de Fotógrafos de Natureza (Gesellschaft Deutscher Tierfotografen): o GDT European Wildlife Photographer 2011 e o Fritz Pölking Award 2011.

 

 

 

 

Em um dos seminários programados no evento, o biólogo marinho Alexander Mustard falará sobre o avanço das tecnologias nas fotografias subaquáticas e o finlandês especializado em pássaros Markus Varesvuo dará uma palestra sobre a arte de fotografar aves na neve.

“Fotografar aves é muito divertido. Seja pela aparente infinita variedade de cores e desenhos na plumagem, suas variadas técnicas de sobrevivência, sua incansável procura por alimento e capacidade de caça, seja pela maneira como elas criam filhotes na natureza e em meio aos homens ou pelo fatos de que elas voam –algo que os distingue da maioria das outras criaturas. Não há falta de inspiração”, diz Varesvuo.

 

 

 

 

O russo Sergey Gorshkov apresentará sua visão do delta do Okavango, na África. “Cada dia na África traz algo novo. Nunca sabemos o que vai acontecer em um minuto. É impossível tirar só uma foto de uma paisagem porque ela muda o tempo todo. Ela se renova a cada dia. É impossível até haver imitação. E como cada fotógrafo vê o mundo de forma diferente, todos tiramos fotografias únicas”, comenta Gorshkov.

Para o britânico David Maitland, que vai abordar a essência da fotografia da natureza, as formas e a beleza desse tipo de imagens são melhor capturadas em close. “É o aspecto efêmero e intocável da natureza que move minha fotografia.”

Já Sandra Bartocha apresentará no festival sua visão do Parque Nacional de Müritz, na Alemanha. Lagos tranquilos, florestas e pântanos serão mostrados em várias perspectivas.

O casal Verena Popp-Hackner e Georg Popp, que trabalha em conjunto e muitas vezes leva os filhos em suas viagens pelo mundo, se especializou em fotografias de paisagens.

“Nosso principal foco é registrar áreas incomuns, raramente fotografadas. Quando viajamos para regiões exóticas, a fotografia em casa [Áustria] segue a ideia de cativar com novas composições de locais conhecidos revelando luz e atmosfera inesperadas.”

Programa cuida das praias com boas ondas para surfistas

Fonte: Folha de S. Paulo

 

“Se perguntarem a um surfista o que é surfe, provavelmente a resposta juntará ondas e estilo de vida. Além da constante procura pela onda perfeita, o esportista preocupa-se também com a proteção ambiental das praias.

Foi assim que, em 2009, o grupo multinacional Save the Waves Coalition criou um programa chamado Reservas Mundiais de Surfe (WSR, da sigla em inglês de World Surfing Reserves). A ideia é valorizar as praias não só pela qualidade das ondas, mas também por sua contribuição à história do surfe, com o apoio da comunidade local.”

 

 

O WSR é composto por órgãos que, em conjunto, decidem a seleção final das praias. “O programa destaca uma área costeira atribuindo-lhe o estatuto de ‘local especial’, mostrando que existem pessoas que se preocupam e que querem ver as ondas, a praia e o acesso a elas protegidos”, explica Drew Kampion, membro do programa e ex-editor da revista estadunidense “Surfer”.

Para que possam ser reconhecidas pelo WSR, as praias devem se destacar em quatro critérios pré-estabelecidos. “A qualidade ecossistêmica da onda ou zona de surfe, a cultura do surfe local e sua contribuição à cultura do surfe global, as características ambientais e o apoio recebido da comunidade local são os critérios do programa”, explica João de Macedo, embaixador do WSR.

O programa Reservas Mundiais de Surfe não tem vínculo legal. “No caso de Portugal, existe a necessidade de levar o conceito para a ordem jurídica nacional e integrá-lo a planejamentos territoriais, sejam eles de abrangência local, regional ou nacional”, diz Miguel Dray, porta-voz dos Guardiões da Reserva da Ericeira (praia localizada na costa portuguesa).

“Essa vinculação legal poderá trazer benefícios não só para a atividade turística como também para o esporte em si”, completa Dray.

NO BRASIL

Apesar do clima e do posicionamento geográfico, nenhuma praia brasileira está na lista que integra o WSR.

“Em 2009, a Confederação Brasileira de Surfe nomeou várias praias brasileiras para serem reconhecidas, de Fernando de Noronha (PE) a Florianópolis (SC), passando por Barra da Tijuca (RJ) e Maresias (em São Sebastião, SP)” comenta João de Macedo.

Apesar da nomeação, não foi apresentada nenhuma candidatura oficial, necessária para que o WSR possa avaliar e emitir o veredito sobre a zona de surfe.

Adalvo Argolo, atual presidente da Confederação Brasileira de Surfe, afirma que a nomeação das praias para o WSR foi feita durante a antiga presidência. Para ele, “as praias do Rio de Janeiro seriam uma referência para estar envolvidas no programa porque, além da qualidade das ondas, também oferecem uma grande contribuição social e cultural ao esporte”.

Já Adriano de Souza, mais conhecido como Mineirinho, vencedor da etapa brasileira do ASP World Tour, diz que é necessário “tomar providências para que seja possível identificar quais praias e áreas devem ser trabalhadas nesse sentido”.

Especialistas indicam como evitar intoxicação de crianças em casa

Fonte: Folha de S. Paulo

 

“Um conjunto de organizações de saúde canadenses divulgou uma lista com cinco dicas para que pais evitem a contaminação de crianças por substâncias tóxicas em casa.

Elas são: evitar o acúmulo de poeira, optar por produtos de limpeza sem perfume e menos tóxicos, tomar cuidado durante reformas, evitar certos tipos de plásticos e, na alimentação, evitar certos tipos de peixe que absorvem grandes quantidades de mercúrio.

A campanha de conscientização a respeito dos efeitos da poluição ambiental sobre o cérebro em desenvolvimento foi financiada pelo governo do Canadá e inicialmente se dirige à população do país, mas se aplica na prática a pais e futuros pais em qualquer parte do mundo.

“Se os pais adotarem práticas simples nessas cinco áreas, podem reduzir significativamente a exposição dos seus filhos a substâncias tóxicas e até economizar dinheiro”, disse Erica Phipps, diretora da CPCHE (sigla em inglês de Parceria Canadense para o Ambiente e a Saúde da Criança).

POEIRA

Aspirar o pó ou passar pano úmido com frequência para eliminar poeira é a primeira recomendação dos especialistas.

“A poeira em casa é uma grande fonte na exposição de crianças a substâncias tóxicas, incluindo o chumbo, que, mesmo em níveis baixos, é conhecido por prejudicar o desenvolvimento do cérebro”, alertou Bruce Lanphear, especialista em saúde ambiental infantil e consultor do CPCHE.

“O cérebro em desenvolvimento de um feto ou de uma criança é particularmente sensível aos efeitos neurotóxicos do chumbo, mercúrio e outras substâncias tóxicas”, explicou Lanphear. “Uma criança absorve 50% do chumbo ingerido, enquanto um adulto, 10%.”

Segundo o especialista, a criança tende a colocar a mão na boca com frequência, o que aumenta ainda mais os riscos de que ela absorva essas substâncias tóxicas.

PRODUTOS DE LIMPEZA

Os pais podem reduzir o grau de exposição da família a produtos químicos tóxicos e economizar dinheiro ao optar por produtos de limpeza mais ecológicos.

O bicarbonato de sódio pode ser usado para esfregar banheiras e pias, e vinagre diluído em água funciona bem para limpar janelas, chão e outras superfícies, lembraram os especialistas.

Evitar o uso de purificadores de ar e optar por sabão sem perfume para lavar roupa pode reduzir a exposição das crianças a substâncias químicas usadas na fabricação de fragrâncias –associadas, em estudos, a distúrbios nas funções hormonais.

Reforçando recomendações feitas por entidades médicas, entre elas a Associação Médica Canadense, os especialistas também desaconselharam o uso de sabão bactericida.

CUIDADOS EM REFORMAS

Quando houver reformas em casa, mulheres grávidas e crianças devem ficar longe das áreas afetadas pela obra.

Isso evita sua exposição à poeira resultante da reforma –contaminada por substâncias tóxicas– e aos gases tóxicos liberados por tintas, cola e outros produtos.

Áreas não afetadas pela reforma devem ser cuidadosamente isoladas com o uso de plásticos. E a poeira deve ser aspirada durante e após a obra.

CUIDADO COM PLÁSTICOS

Certos plásticos devem ser evitados, especialmente quando se serve ou guarda alimentos. Os especialistas canadenses advertem os pais contra o uso de vasilhas de plástico ou de embalagens plásticas no micro-ondas, mesmo quando a etiqueta diz que o produto é seguro para uso no micro-ondas.

Produtos químicos presentes no plástico podem contaminar o alimento ou a bebida, explicam.

Comer alimentos frescos ou congelados sempre que possível reduz a exposição ao Bisfenol A, presente na maioria das embalagens de comida e bebida.

O produto está associado a uma ampla gama de problemas de saúde, entre eles, problemas de desenvolvimento no cérebro e disfunções endócrinas.

Os especialistas também alertam contra produtos feitos de PVC, também conhecido como vinil. Ele contém um tipo de substância química chamada ftalato, que está associada a diversos problemas de saúde.

Ftalatos podem ser encontrados em cortinas de banheiro, babadores e até capas de chuva.

Os especialistas aconselham que os pais joguem fora brinquedos e mordedores feitos com este tipo de plástico.

PEIXE SEGURO

Para reduzir a exposição das crianças ao mercúrio, um metal que é tóxico para o cérebro, os especialistas aconselham que sejam escolhidas variedades de peixe que absorvam menos mercúrio, como cavala do Atlântico, truta, arenque, salmão selvagem ou em lata e tilápia.

Se for servir atum, procure as variedades “leves”, que absorvem menos mercúrio do que a variedade albacore (atum branco).”

Brasil exporta tecnologia de monitoramento ambiental para Moçambique, Angola e Paraguai

“Brasília (17/06/2011) – Técnicos de Angola, Moçambique e Paraguai encerram hoje o curso de monitoramento de florestas com imagens de satélites, realizado em parceria pelo Ibama, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). Durante a última semana, os técnicos puderam acompanhar o trabalho do Ibama no Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) e aprenderam como é feito o monitoramento do desmatamento da Amazônia e como a fiscalização utiliza os mapas de indicativo de desmatamento nas ações em campo.

Após o treinamento, que envolveu aulas teóricas e práticas, os técnicos poderão reproduzir o modelo de monitoramento utilizado no Brasil. Nesse processo de transferência de tecnologia, as instituições brasileiras repassam não apenas o conhecimento acumulado ao longo de 20 anos de experiência mas também os softwares e sistemas para que o trabalho possa ser desenvolvido nos países interessados em monitorar suas florestas.

“O curso foi muito bom, iremos implementar os projetos recomendados em nosso país. Após esse curso, poderemos monitorar nossas florestas em tempo real”, comentou Luis Tomas Sande, técnico da Direção Nacional de Florestas, Ministério da Agricultura de Moçambique, que participou do treinamento.

Segundo o coordenador-geral de Monitoramento Ambiental, George Porto Ferreira, “O Ibama e o INPE desenvolvem os sistemas de monitoramento dos biomas há anos e são referência no assunto. Repassar esse conhecimento e permitir que outros países possam aplica-lo são objetivos da parceria com a JICA. Quanto mais países possuírem sistemas de monitoramento em funcionamento, mais teremos garantias de florestas em pé no futuro”.

Esse curso, que faz parte da estratégia brasileira de divulgação e transferência de tecnologia voltada para o monitoramento dos biomas brasileiros, teve início no Centro Regional da Amazônia, do INPE, em Belém (PA), dia 30 de maio e teve duração de 3 semanas. Este é o segundo curso realizado, dos nove previstos para ocorrer nos próximos anos. O primeiro aconteceu em outubro de 2010, para técnicos da Guatemala, Peru, Equador e Colômbia.”

Talitha Monfort Pires
Fonte: Ascom – Ibama

30% das empresas não têm ações de sustentabilidade

Fonte: O Estado de São Paulo

 

“Mais de 30% das empresas globais ainda precisam implementar planos de sustentabilidade, aponta pesquisa da área de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da consultoria KPMG. Segundo o estudo, faltam estratégias de crescimento para projetos nessa área. O levantamento foi realizado com 378 executivos dos EUA, Canadá, e das regiões Ásia Pacífico, Europa, Oriente Médio, África e América Latina.

 

Segundo a pesquisa, 60% das companhias pesquisadas afirmaram ter uma estratégia em funcionamento para sustentabilidade corporativa, porcentual ligeiramente acima do que os 50% apresentados em um estudo semelhante realizado em 2008.

Já entre as empresas que não dispõem de uma estratégia, mais de 70% esperam ter uma dentro do prazo de um a cinco anos, e 25% indicaram não ter um prazo específico para tal. Mesmo assim, quase 50% dos executivos acreditam que a implementação de programas de sustentabilidade irá contribuir de forma significativa para a empresa, seja pela redução de custos ou pela maior rentabilidade.

“A maioria das empresas entende o que elas têm de fazer em relação à sustentabilidade, mas precisam de ajuda na construção de sistemas de informação para estabelecer o quanto eficazes elas são na redução da emissão de carbono”, diz Eduardo Cipullo, sócio responsável pela área de sustentabilidade da KPMG no Brasil. ”

 

COMENTÁRIO DO BLOG DA HIDROSUPRIMENTOS: Vendo a notícia pelo seu lado positivo, temos que 70 % das empresas tem algum tipo de política de sustentabilidade, e num futuro breve, com as exigências que o mundo moderno impõe, este percentual estará cada vez mais próximo de 100%. 

Tepco planeja reativar sistema para descontaminar água de Fukushima

Fonte: O Estado de São Paulo

 

“TÓQUIO – A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, planeja colocar em andamento nesta segunda-feira, 27, um sistema crucial para descontaminar as mais de 110 mil toneladas de água radioativa que se acumulam na central, após vários atrasos causados por problemas técnicos.

Era para o sistema ter sido ativado há dez dias, mas um problema com um dos dispositivos responsáveis por absorver substâncias radioativas obrigou a paralisá-lo apenas cinco horas após entrar em funcionamento.

No entanto, a Tepco disse ter solucionado esse problema graças a uma mudança no material absorvente, por isso espera que ainda nesta segunda a água possa começar a ser tratada corretamente, informou a emissora de televisão pública japonesa NHK.

Nas provas prévias ao início do processo, o sistema, que conta com tecnologia da empresa francesa Areva e da americana Kurion, conseguiu descontaminar cerca de 600 toneladas de água, que serão utilizadas nesta mesma segunda-feira para esfriar os reatores.

O dispositivo, segundo a Tepco, conseguiu diminuir em 100 mil vezes o nível de césio-134 e césio-137, atingindo assim a meta de reduzir a contaminação para o nível de 100 becquerels por centímetro cúbico.

Um funcionamento estável deste dispositivo significaria um grande passo no plano da Tepco de reduzir a temperatura dos reatores danificados até janeiro de 2012, pois o sistema em funcionamento permitiria à empresa reutilizar a água que inunda a usina para resfriá-los, sem a necessidade de se injetar novo líquido.

A água altamente contaminada que se acumula em Fukushima é um dos grandes problemas enfrentados pelos técnicos da central, que trabalham dia e noite para tentar controlar a temperatura das unidades danificadas pelo terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março passado.

O volume de água cresce diariamente por causa das contínuas injeções nos reatores, necessárias para tentar controlar a temperatura e conter as emissões de radioatividade. Teme-se que as chuvas de verão (local) agravem a situação.”

 

Brasil vai propor metas e prazos na Rio+20

Fonte: O Estado de São Paulo

 

“O Brasil vai defender a fixação de metas globais para o desenvolvimento sustentável na Rio+20, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o desenvolvimento sustentável. No encontro de chefes de Estado, que acontecerá no Rio de Janeiro, em maio e junho do ano que vem, o país vai propor um compromisso mundial para o cumprimento de um novo tipo de Metas do Milênio, só que ambientais.

 

As Metas do Milênio foram acordadas por todos os países-membros da ONU em 2000. Elas estabelecem oito objetivos a serem cumpridos até 2015 com o intuito de garantir melhores condições de vida à população global. Fazem parte das metas a erradicação da pobreza extrema, a promoção da igualdade entre os sexos e o combate à aids, por exemplo.

A proposta do Brasil é construir um novo pacto entre todos os chefes de Estado do mundo em 2012. Durante a Rio+20, diplomatas brasileiros vão negociar o estabelecimento de metas gerais de desenvolvimento sustentável que possam pautar políticas individuais relacionadas à geração de energia, hábitos de consumo e outros temas ligados à sustentabilidade.

A ideia desse novo pacto foi apresentada nesta terça-feira pelo embaixador André Aranha Corrêa do Lago, negociador brasileiro nas discussões sobre mudanças climáticas, em uma reunião preparatória da Rio+20, realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, a iniciativa do acordo surgiu na Colômbia e será levada à frente pelo Brasil, que presidirá a conferência.

“Essa é uma ideia de que nós gostamos muito, que vamos apoiar”, afirmou Corrêa Lago. “Depois, nós vamos negociar e ver que tipos de metas de desenvolvimento sustentável nós podemos desenvolver e também se há um acordo em torno disso.”

Corrêa Lago disse que alguns países, além do Brasil e da Colômbia, já discutem a criação das metas de desenvolvimento sustentável. Ele explicou também que essas metas seriam um compromisso político, igual para todos os países e não seriam usadas para punir quem não as cumpre, mas como incentivo à sustentabilidade. As metas também não substituiriam os acordos internacionais para redução de emissão de gases causadores de efeito estufa e de combate às mudanças climáticas

O embaixador admite, no entanto, que a proposta pode não avançar durante a conferência no Rio de Janeiro. “Alguns países temem que isso [as metas] seja um peso a mais.” Na esperança de que a proposta do estabelecimento de metas ambientais seja aprovada, Lago ressaltou que compromissos assim fazem com que governo, iniciativa privada e população trabalhem juntos para o desenvolvimento de uma economia verde.

O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, que já foi negociador do Brasil nas conversas diplomáticas sobre mudanças climáticas, também acredita que não será uma tarefa simples estabelecer as metas de sustentabilidade. Ele, contudo, acredita que elas serão muito importantes para a definição de uma nova forma de desenvolvimento para o mundo. “Não é simples, nem fácil. Mas é possível”, disse. “Nós temos que ter metas globais, gerais, que deem uma direção à economia verde.”

Reflorestar simplesmente não resolverá aquecimento global

Fonte: Folha de S. Paulo

 

“Apesar de as florestas serem importantes sumidouros de carbono, os projetos de reflorestamento só terão um impacto limitado no aquecimento global. O alerta parte de um estudo publicado na revista científica “Nature Geoscience”, no domingo (19).

Os pesquisadores Vivek Arora, da Universidade de Victoria (Canadá), e Alvaro Montenegro, da Universidade de St. Francis Xavier (também no Canadá), desenvolveram cinco modelos de reflorestamento que cobrem de 2011 a 2060.

Os cientistas examinaram seus efeitos no solo, na água e no ar, se a temperatura da superfície terrestre aumentasse 3º C em 2100 com relação aos níveis pré-industriais de 1850.

O resultado demonstra que, mesmo se todas as terras cultivadas do mundo forem reflorestadas, isto só bastaria para reduzir o aquecimento global em 0,45º C no período 2081-2100.

Isto se explica, em particular, porque se exige décadas para que os bosques sejam suficientemente velhos para captar o CO2 que fica estancado durante séculos na atmosfera.

Um reflorestamento de 50% das terras cultivadas só limitaria a elevação da temperatura em 0,25º C.

Evidentemente, nenhuma destas projeções é realista, uma vez que as terras cultivadas são essenciais para alimentar a população do planeta, onde viverão 9 bilhões de pessoas em 2050.

TRÓPICOS LEVAM VANTAGEM

Segundo os outros três modelos, reflorestar as regiões tropicais é três vezes mais eficaz para “evitar o aquecimento” do que fazê-lo em latitudes mais elevadas ou em regiões temperadas.

Os bosques são mais escuros do que as terras cultivadas e, portanto, absorvem mais calor.

Plantar florestas em um solo coberto de neve ou de cerais de cor clara diminui o denominado “efeito albedo”, que é a quantidade de luz solar refletida do solo para o espaço.

“O reflorestamento em si não é um problema, é positivo, mas nossas conclusões indicam que não é uma ferramenta para controlar a temperatura se gases-estufa continuarem a ser emitidos como se faz atualmente”, disse Montenegro à AFP.

“O reflorestamento não pode substituir a redução de emissões de gases de efeito estufa”, concluiu o estudo.

O desmatamento, sobretudo nas selvas tropicais, é causador de 10% a 20% das emissões de gases-estufa do planeta.”

Francês projeta jardins para filtrar a poluição de rios e lagos

O Estadod e São Paulo

“O francês Thierry Jacquet, que acumula as funções de engenheiro, arquiteto, urbanista e horticultor, já criou 150 “jardins filtrantes” pelo mundo. Esses jardins servem tanto para despoluir rios como para tratar água da chuva e efluentes industriais. “A poluição difusa (levada com a chuva, como fuligem e lixo) é muito grande e deve ser tratada antes de chegar aos rios ou lagos. Precisamos organizar faixas de jardins filtrantes que tratem a poluição antes de ela chegar aos corpos hídricos. São barreiras verdes.”

Entre seus projetos de jardins está um para melhorar a qualidade da água do Rio Sena, em Paris, e outros para a limpeza de margens de três rios em Xangai. Em visita ao Brasil, Jacquet está interessado no lago do Parque Ibirapuera. “Um piloto com uma parte da lagoa do Ibirapuera seria uma ótima primeira realização. Precisamos também cuidar dos rios que atravessam a cidade, para que a população volte a se aproximar deles”, afirma. E sugere: “Por que não fazer uma piscina natural para a população em outro parque da cidade?”

Grandes empresas já encomendaram seu trabalho. Ele executou projetos para o tratamento de efluentes industriais para a Rhodia e a L”Oréal, assim como programas para tratar efluentes sanitários e água de chuva para o Carrefour e o Club Med.”

Menina arrecada US$ 200 mil para descontaminação do golfo do México vendendo desenhos

Fonte: Folha de S. Paulo

 

“Uma menina de 11 anos conseguiu levantar US$ 200 mil (R$ 320 mil) em um ano com a venda de desenhos e pinturas de aves para a recuperação do golfo do México após o vazamento de petróleo na região, em 2010, considerado o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.

A jovem desenhista e ambientalista Olivia Bouler
 

 

 

 

 

 

 

Olivia Bouler, do Estado de Nova York, escreveu para a ONG de preservação ambiental Audubon Society perguntando se podia ajudar.

“Como todos vocês sabem, o vazamento de petróleo no golfo é devastador”, escreveu ela.

“Eu sou uma boa desenhista e estava pensando se conseguiria vender algumas pinturas de pássaros e doar o lucro para a sua organização.”

A carta foi enviada com um desenho de um Cardeal Vermelho, um pássaro que pode ser visto perto de onde a menina mora.

Olivia, que quer ser ornitologista (bióloga especializada em aves), diz que começou a ser interessar pelos pássaros da costa do golfo após os observar durante férias com parentes que moram nos Estados de Louisiana e Alabama.

Ela sabia que aves como o pelicano sofreriam muito durante o período de aninhamento após o vazamento, então decidiu fazer algo.

A resposta foi muito maior do que a menina esperava –mais de 30 mil pessoas “curtiu” a página de Olivia no Facebook.

Após enviar desenhos a todos que fizessem doações pela causa, Olivia publicou um livro sobre pássaros (“Olivia’s Bird: Saving the Gulf”) ilustrado com seus desenhos e pinturas. Parte dos lucros será doada para a Audubon Society.”